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Doenças cardiovasculares matam mais mulheres que o câncer

Publicado em 27 de setembro de 2018

Roberta Bueno de Souza_Socia proprietaria da EKNS

 

Fisioterapeuta e diretora geral da Ekiness, Roberta Bueno Souza, fala sobre as causas, sintomas e a importância da prevenção.

Na semana em que é lembrado o Dia Mundial do Coração, o alerta vem da Sociedade Brasileira de Cardiologia: as doenças cardiovasculares matam mais mulheres que o câncer. De acordo com levantamento da entidade, patologias como infartos, derrames e a hipertensão tiram a vida de quase 350 mil pessoas ao ano. Desse total, 30% corresponde às mulheres com mais de 40 anos, o que supera os índices de óbitos provocados por tumores de útero e de mama juntos.

A estimativa é de que nas próximas duas décadas, o número de falecimentos em decorrência de doenças cardiovasculares entre as mulheres ultrapasse o de homens, devido a hábitos pouco saudáveis.

Além da alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos, que são causadores de doenças cardiovasculares, de acordo com a fisioterapeuta e diretora geral da Ekiness, Roberta Bueno Souza, outros quadros merecem avaliação. “Precisamos olhar para um espectro mais amplo, pois além da falta de atividade física regular e alimentação balanceada, existem outros fatores de risco como: o fumo, os altos índices de estresse da vida moderna, as alterações hormonais ocasionadas pela menopausa, a utilização de pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal, além das possíveis predisposições genéticas,pondera .

Atualmente existe uma discussão muito aprofundada sobre a hereditariedade das doenças, e com relação as cardiovasculares não é diferente. É possível que apesar dos indivíduos carregarem uma determinada herança genética, os hábitos e estilo de vida possam influenciar diretamente na expressão dos genes, ou seja, na ocorrência ou não da doença.

Como o infarto se manifesta de forma atípica na mulher, a paciente demora mais a procurar auxílio médico. Um exemplo é a forte dor no peito, que irradia para o ombro indicando infarto entre os pacientes do sexo masculino, mas não necessariamente entre as mulheres. A especialista destaca ainda outros sintomas que não podem ser ignorados, como mal estar, cansaço e dor da região epigástrica. Por isso, elas devem ficar mais atentas e procurar rapidamente uma emergência médica em caso de anormalidades, além de visitar regularmente um cardiologista para fazer exames de rotina.

“A boa notícia é que as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas e o que recomendo ao público feminino são uma alimentação balanceada e atividades aeróbias, como caminhar, correr, pedalar e nadar, que são fundamentais para a melhora da capacidade cardiovascular”, finaliza Roberta.

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