Expectativas da Economia Brasileira e Mundial em 2025 com o economista Welinton dos Santos
Publicado em 2 de janeiro de 2025
Apesar da leve recuperação econômica brasileira em 2024, com a geração de um maior volume de empregos registrados e diminuição relativa das desigualdades sociais, existe um caminho delicado sobre as expectativas de novos pacotes fiscais do governo.
A insegurança fiscal, traz incertezas aos investidores, que tendem a buscar o dólar, ouro e criptomoedas para proteção do patrimônio.
O aumento do dólar ocorre pela lenta resolução da Reforma Tributária e Fiscal no Brasil, que irá onerar principalmente o setor de serviços que é responsável pela maior empregabilidade no país, além do fortalecimento da moeda americana em razão da volta de Donald Trump a Casa Branca.
Para frear o aumento do dólar o Banco Central (BC) tem feitos leilões de dólares à vista, das reservas internacionais de dólar do Brasil, porém, está comprometendo as reservas brasileiras, foram mais de US$ 30 bilhões leiloados sem direito a recompra somente em dezembro de 2024. A partir de janeiro, o BC deveria fazer leilões de linha, onde há a garantia de recompra dos dólares leiloados, para possivelmente conter ou mitigar o aumento da moeda americana. Deixo claro que o dólar deverá fazer forte pressão de valor até a primeira semana da posse do presidente dos EUA.
Dólar acima de R$ 6,00 (aumentou mais de 27% em 2024), Bitcoin (BTC) acima dos US$ 100 mil (Trump prometeu que os EUA irão fazer reservas estratégicas em Bitcoin e outros países, como Alemanha também), ouro ultrapassando a casa dos US$ 2.600, acúmulo de reservas de ouro por parte da China e conflitos
internacionais, que impulsionam a disponibilidade dos commodities agrícolas e o petróleo, levam um clima inflacionário real para 2025.
Para se preparar para este ambiente de incerteza, há necessidade para quem investe, de dolarizar parte dos investimentos (com ETF’s, BDR’s, outros ativos financeiros); diversificar o portfólio de investimentos; fazer planejamentos de longo prazo, com ativos de risco que estão subvalorizados, como o caso dos FII’s (Fundos
de Investimentos Imobiliários) e muitas ações do mercado brasileiro, além é claro ter uma carteira de 10% a 20% em criptomoedas (em bons projetos de criptoativos).
Para aqueles que desejem fazer uma viagem internacional, está interessante adquirir Stablecoin (criptomoedas baseadas ou com lastro em ativos como dólar, euro, ouro e outros), como reserva de valor e proteção de Hedge (câmbio).
Quanto aos conflitos internacionais, estes poderão se intensificar, mas uma Terceira Guerra Mundial seria prejudicial a todos, como o mundo é gerido pelo capital, dificilmente isto poderá ocorrer. Veja um exemplo: a Ucrania tem uma das melhores terras agriculturáveis da Europa e lá existe muito trigo, área preservada na
guerra, mesmo a Rússia tendo armamento balístico de grande proporção que poderia desertificar aquele país, portanto, os interesses econômicos suplantam as divergências políticas.
O aumento de conflitos no Hemisfério Norte, pode provocar um grande risco de escassez de alimentos, desordenamento econômico de vários países e comprometimento de exportações e importações de produtos dos mais variados setores, afetando diretamente a economia dos países envolvidos.
Diante da complexidade da economia brasileira e internacional, o melhor mesmo é fazer o possível para ter reservas financeiras, buscar formas alternativas de renda passiva e buscar conhecimentos sobre as novas tecnologias, como as IA’s (Inteligências Artificiais, atualmente são mais de 10 mil IA disponíveis no mercado, algumas abrangentes, outras específicas).
O Brasil ainda é uma terra de oportunidades, temos muitos Parques Tecnológicos espalhados pelo país e muita tecnologia está sendo criada aqui, o que pode impulsionar um desenvolvimento sustentável de médio e longo prazo.


