Filha de Junior Lima é diagnosticada com síndrome nefrótica: o que é a condição que causa inchaço e perda de proteínas pela urina
Publicado em 23 de julho de 2025
Doença renal rara e mais comum na infância, a síndrome nefrótica pode causar inchaço repentino no rosto e nas pernas, além de urina espumosa e risco de infecções e tromboses. Entenda os sinais de alerta com a Dra. Anna Bohn, pediatra da SBP.
O anúncio feito por Junior Lima e Monica Benini sobre o diagnóstico de Síndrome Nefrótica da filha Lara, de apenas 3 anos, trouxe à tona uma condição pouco conhecida, mas que merece atenção. Trata-se de uma síndrome rara, que acomete entre 2 a 3 crianças a cada 100 mil por ano, principalmente meninos menores de 6 anos.
“A síndrome nefrótica não é uma doença em si, mas um conjunto de sinais e sintomas causados por alterações nos rins”, explica a Dra. Anna Bohn, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O quadro se desenvolve quando estruturas específicas dos rins chamadas glomérulos sofrem lesões e deixam de cumprir adequadamente a função de filtrar o sangue.
Entre os principais sinais estão:
Inchaço repentino no rosto (especialmente ao redor dos olhos), pernas e tornozelos;
Ganho de peso por retenção de líquidos;
Urina espumosa e em menor volume;
Cansaço, irritabilidade e pressão alta.
Segundo a especialista, na infância, a causa mais comum é a chamada “doença de lesões mínimas”, que não tem um agente infeccioso claro, mas pode ter origem imunológica. O tratamento, nesses casos, costuma ter boa resposta ao uso de corticoides.
“Além dos sintomas iniciais, a síndrome pode trazer complicações sérias, como aumento dos níveis de colesterol, tromboses e infecções frequentes. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico rigoroso são fundamentais”, alerta Dra. Anna.
O diagnóstico é feito por exames de sangue e urina, que confirmam a perda de proteínas pela urina (proteinúria), baixos níveis de albumina no sangue e alterações na função renal. O tratamento inclui medicamentos para proteger os rins, controlar a pressão arterial e reduzir a perda de proteína, além de orientações sobre alimentação com restrição de sódio e, em alguns casos, uso de diuréticos.
Embora o nome possa assustar, com acompanhamento médico e tratamento adequado, muitas crianças conseguem controlar bem a condição e levar uma vida saudável. “O caso da filha do Junior nos ajuda a conscientizar sobre uma doença que, apesar de rara, pode se manifestar de forma súbita. Quanto mais informação os pais tiverem, maiores as chances de reconhecer os sinais precocemente”, finaliza a pediatra.
DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN
CRM SP 150 572
RQE 106869/ 1068691
Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva.
Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo.
Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto.
Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC – FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria
2014 – Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica, Florianópolis
2015 – Congresso Mundial de terapia intensiva pediátrica, Toronto
2018 – Curso de especialização em terapia extracorpórea, ELSO São Paulo
2020 – New England Down Syndrome Symposium, online Boston
2021 – Congresso American de Pediatria, AAP online
2023 – International Conference on Nutrition and Growth, online London
2018-2023 Médica do Instituto do Coração
2020-2023 coordenadora da unidade de terapia intensiva pediátrica pré-operatória do Instituto do coração – FMUSP
Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês.
Membra do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein


