A sacralidade da obra de Luiz Bhittencourt
Publicado em 6 de agosto de 2021
A trajetória artística de Luiz Bhittencourt traz um conjunto de vivências pessoais. De educação familiar conservadora, o artista que revelou o seu dom aos 26 anos, tem como base os costumes interioranos e ao mesmo tempo futuristas de uma cidade que respira tecnologia à frente de seu tempo, como São José dos Campos, localizada no Vale do Paraíba Paulista.
Filho de Ondina Cirino e José Darci Cirino, Bhittencourt nasceu em 1972, formou-se em Administração de Empresas e trabalhou em sua empresa de organização de eventos até 1998, quando teve um sonho para retratar uma imagem em tela. Assim ele ingressa nas artes plásticas com aulas ministradas pela artista plástica Luciana Melo, de estilo voltado para arte sacra e ao mesmo tempo cultura popular. A primeira obra do artista, intitulada “Busca”, é a retratação do sonho, pintada em acrílico sobre tela. Posteriormente nasce a primeira série, “Faces e Bocas”.
Com as primeiras experiências artísticas, a identidade de Bhittencourt vai formando-se com traços ainda mais expressivos. A diante, a série “Religiosa” trouxe obras embasadas pelas passagens bíblicas, sendo uma tradução do entendimento do artista pelas fases do Novo e Velho Testamento. Em 2004, as séries “Faces e Bocas” e “Religiosa”, compuseram os primeiros trabalhos no Fórum Trabalhista de São José dos Campos.
A arte sacra, já identitária do artista, traz a busca por respostas espirituais, que o acompanha desde a infância. E, em 2006, Bhittencourt ingressa na Ordem de São Bento, como postulante à vida consagrada de monge beneditino, sem ter que renunciar à atividade artística.
Surgem assim as séries “Monastério” e “Inspiração na Iconografia”, obras que tratam aspectos da fé e misticismos. Conflitos no plano religioso e artístico levam o artista a deixar a vida monástica e regressar anos depois à espiritualidade beneditina, afastando-se depois, definitivamente em 2017.
Vivência – Foram mil dias de convivência real à vida religiosa, entre os mosteiros beneditinos de Vinhedo, Brasília e Goiás. Durante a convivência no mosteiro de Brasília, Bhittencourt é indicado pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal, o juiz Cezar Peluso para a exposição “Consagrados” no Espaço Cultural do STJ – Superior Tribunal de Justiça.
De volta à cidade natal, o artista recebe o apoio dos benfeitores Manoel Coutinho Costa e o casal Ana Cláudia e Antônio Carlos Perpétuo para residir na Europa, onde apresenta suas obras entre Espanha e França.
Mais adiante, com residência fixa em Barcelona, Bhittencourt cria a série “Refugiados”, um novo marco de sua carreira, porém sem cor, a tonalidade é acinzenta e as obras ganham formas sombrias e marcam a nova fase do artista. As 21 telas, retratam o sofrimento visto nas ruas da Europa devido ao conflito político com a entrada de refugiados vindos da África e Síria. Os traços saltam aos olhos numa tonalidade de preto, cinza e branco.
Com o feito o artista expõe na Ca’l Tete Barcelona Cuina Creativa, 18 obras são vendidas. No mesmo período Bhittencourt participa do ARTBAHO – Salão Internacional de Arte Contemporáneo e do Salão de Arte Fundación Arena, ambos em Barcelona.
De volta ao Brasil, o artista dedica-se a obras sociais com projeto voltado para crianças e adolescentes na área cultural, na cidade de Ribeirão Pires, interior de São Paulo. No mesmo período nasce a exposição “Fé! Religiosos e Sacerdotes! Profanos ou Divinos?”, na capital paulista. Diante de ótimas críticas e indicação de uma amiga, o artista recebe o convite de José Carlos Reis Marçal de Barros, então diretor executivo do Museu de Arte Sacra de São Paulo, e é agraciado com exposição individual nas dependências do Museu que o perpetua nos livros da história da arte brasileira e desperta olhares de investidores e colecionadores de arte.
Com o novo momento global, e a realidade de vida diante a pandemia Convid-19, Luiz Bhittencourt passa momentos reclusos e se volta a estudos de arte em cerâmicas e as novas pinturas de sua série “Janelas e Percepção”.

O artista
Ao longo da carreira, entre anos sabáticos e emblemáticos Bhittencourt deu vida a 18 séries e um total de 820 telas. As obras do artista interiorano encontram-se em coleções particulares dos mais distintos setores da sociedade, sendo colecionado por mecenas, diplomatas, religiosos, empresários, magistrados e admiradores não só no Brasil como na Europa, Ásia e Oceania.









Entrega no Rio de Janeiro?
Parabéns pelas telas.
Bárbara Rosa!!
Sim. Entregamos no Rio de Janeiro.
Também entregamos em todos os países.
No site https://galleryluizbhittencourt.com você entra em Aquiridor que vai ver famílias em vários países com obra Luiz Bhittencourt.
Douglas Bueno!!
Muito obrigado pelo elogia para com a arte Luiz Bhittencourt.
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