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Bruno Boni: Uma trajetória compromissada com o meio ambiente, a sociedade e o ser humano

Publicado em 2 de setembro de 2020

 

 

Há quem diga que “filho de peixe, peixinho é”. Só que, nesse grande aquário da vida, existem infinitas possibilidades de seguir o fluxo de novas correntezas. E assim a trajetória de Bruno Boni de Oliveira, de 33 anos, foi sendo construída. O filho caçula de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos maiores empresários de comunicação do Brasil, preferiu sair dos holofotes e lutar por causas sociais, como a preservação do meio ambiente.

A paixão pela natureza vem desde criança, quando Bruno se perdia no campus da Escola Americana, no Rio de Janeiro. O local abraça o Parque Nacional da Tijuca, a maior floresta urbana do Brasil. “Em vez de seguir as filas indianas na hora do deslocamento de uma sala para a outra, me perdia tentando salvar os insetos, borboletas, centopeias ou formigas das poças de água que eram formadas nas épocas de chuvas. Dessa forma, a paixão pelas questões ambientais está comigo desde a infância”, relembra.

Depois da escola, grandes influências, como uma de suas professoras, Didu Simas, o apresentaram à disciplina da economia ambiental, que ficou mais conhecida como “sustentabilidade”. Daí, Bruno optou pela graduação em economia, a qual ele explica que, em grego, significa “o estudo da casa” e pode ser interpretada como “a nossa casa enquanto seres humanos”. Então, ele resolveu entender primeiro, “esse tal de ser humano”, cursando Economia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) Rio de Janeiro.

O marco decisivo na área de sustentabilidade foi quando Bruno ingressou no mestrado em Gestão da Sustentabilidade, na Universidade Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos. “Em um curso só, eu consegui formalizar essas diferentes áreas do saber: um pouco de finanças, de economia, de questões sociais e ambientais, tudo isso em uma coisa só, interdisciplinar, com professores que vivem na prática o que ensinam. Foi espetacular”, compartilha.

Bruno diz que lá ele compreendeu que quanto mais as pessoas conhecem a ciência do clima, menos difícil fica entender que essa será, de longe, o maior desafio do século. “Qualquer indivíduo que não se preocupe com as questões ambientais nos tempos de hoje está totalmente atrasado”, pontua.

Falando de desafio, o especialista em questões ambientais não deixa de apresentar uma opinião reflexiva sobre a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). “A humanidade já passou por múltiplas pandemias e saímos de todas. Não está na hora de brincar com essa, em específico. Ainda há muito a ser revelado sobre o novo coronavírus. Se tem uma lição que deveríamos aprender é tornar os indivíduos, as empresas e as cadeias econômicas mais robustas e preparadas para grandes choques”, argumenta.

Por fim, em um ponto de vista mais nacional, Bruno expõe a opinião de que o Brasil tem leis ambientais modernas e completas, porém não são levadas à prática. “Eu nunca imaginei que chegaríamos em 2020 com um governo tão retrógrado, que ainda enxerga o cuidado com o meio ambiente como um empecilho para o desenvolvimento da economia. É inevitável que vamos todos sofrer, enquanto brasileiros, as consequências dessas ações. O que adianta pensar em riqueza sem um planeta para se morar?”, questiona.

Bruno continua à frente das lutas pelas causas ambientais e, atualmente, é também CMO da Eleven Financial.

Curiosidade – Em 2012, Bruno interpretou o pai, na minissérie “Dercy de Verdade”. A seleção dos atores foi feita com pessoas que realmente tinham alguma ligação com a artista, Dercy Gonçalves. À princípio, quem foi escalado para o papel foi o seu irmão, o Boninho. Porém, como o pai de Bruno foi retratado bem jovem, na época em que começou a sua carreira na televisão, foi considerado que o mais adequado seria que o caçula o interpretasse. Dessa forma, Bruno não teve como recusar. “Jamais foi minha intenção seguir carreira no meio artístico. Eu topei para prestar homenagem ao meu pai e à Dercy, que foi uma figura muito especial na nossa casa. Ainda me lembro da carne assada com pimenta, que ela levava pra gente toda semana. Mas, se a gente não devolvesse o pirex de vidro, ela ficava muito brava”, relembra com humor.

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