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FIM DE PAPO

Publicado em 17 de dezembro de 2019

 

 

 

Finais são difíceis. O fim de um ciclo vivido pode estar carregado de sensações e sentimentos: angústia, desespero, tristeza, raiva, decepção, etc. Vamos falar especificamente sobre um tipo de fim: o fim de um relacionamento amoroso.

Ninguém está preparado para o fim. As relações amorosas no início estão carregadas de disfarces, mistérios, romantismo, empenho e, aos poucos, quando se vê, aquele sentimento não é mais o mesmo, a empolgação é diferente, a disponibilidade para o outro muda. Quando uma relação “esfria” entendemos que pelo menos uma das partes se acomodou, cada qual com seus motivos e recursos internos. Ou então uma das partes percebeu que aquilo que vivia não era o que esperava e se decepcionou.

Mais difícil ainda é o fim onde você não optou pelo mesmo, não é? Afinal, o outro decidiu por você. O controle da situação fugiu das suas mãos e você não pôde escolher.

Diante de um término de relacionamento você precisa primeiramente se resgatar, se recolher e refletir por um tempo sobre os fatos é muito mais fácil após o término do que durante a vivência de um relacionamento conturbado. Aceitar a situação e o sofrimento é fundamental para enfrentar o golpe de autoestima presente nessa situação.
É hora de voltar-se para você: Quem eu sou? Quem eu estava sendo naquela relação? Isso me fazia feliz? Preciso fazer algo diferente no meu próximo relacionamento?

É necessároi tomar muito cuidado com a culpa que você atribui a si mesmo após o fim, sobre os questionamentos em relação tanto ao seu aspecto físico quanto comportamental nessa relação. Há uma tendência natural que pensemos “onde foi que eu errei?”, quando na verdade, muitas vezes, a responsabilidade não é somente nossa. Às vezes o outro não foi capaz de lidar com a situação, com os sentimentos, enfim, há tantas possibilidades que seria no mínimo injusto com você mesmo assumir-se exclusivamente como “causa” das consequências.

O fim de um relacionamento amoroso nos tira de nossa zona de conforto. As pessoas que tem dificuldade em lidar com mudanças podem sentir ainda mais.

Ao longo da nossa existência entendemos que desistir é o mesmo que fracassar, quando na verdade pode ser libertador.

Resgate seus objetivos de vida ou continue-os levando diariamente. A dor não vai durar para sempre. No caso de pensamentos negativos e muita tristeza, converse com amigos e familiares e crie situações de interação social para que você mude o foco da sua atenção e pensamentos, e não se concentre apenas na dor. Se possível, exercite-se, faz bem para o físico e para o seu estado emocional, proporcionando maior sensação de bem-estar.

Lembre-se o término do relacionamento pode doer, mas poderia doer por muito tempo mais continuar em uma relação onde ambos não têm os mesmos objetivos e sentimentos ajustados.

E, principalmente, dê tempo ao tempo. Aos poucos você vai elaborando o luto dessa relação e abrindo o seu coração para o novo entrar. Esse tempo é só seu!

É muito importante você ter claro para si mesmo quais são os seus valores e o que realmente você merece receber. Somente assim, quando uma nova oportunidade de amor “bater na sua porta”, você saberá se está depositando as expectativas sobre a pessoa que realmente faz jus a recebê-las, evitando assim frustrações futuras.

Psicóloga Gabriela Marini
Telefones (12) 99621-1558/ 3308-0084

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