Jaqueline Canguçu

Essa jornalista de 35 anos, entrou na área através de um convite. Sua paixão era teatro. E através das coberturas da própria tv, que noticiava os espetáculos que ela dirigia, na cidade de Nanuque, onde morava, no Vale do Mucuri, sua comunicação atraiu a atenção da equipe de jornalismo.Logo foi convidada para um teste e compor o time da Tv local. Dessa vez apresentando e reportando.

Abandonou o teatro e se descobriu na comunicação.A menina crua foi cada vez mais, dando forma a sua identidade própria para fazer jornalismo. Não demorou muito e logo saiu da pequena cidade para galgar outros espaços.Com experiência em Tv, rádio, impresso, on line, assessoria e estratégia de marketing político eleitoral, Jaqueline Canguçu se tornou referência na área da comunicação e estratégias, por conta da sua firmeza, criatividade e espontaneidade para criar seus projetos e vídeos.Na política mesmo, atuando como marketeira, em 15 anos foram 15 campanhas com 13 vitórias.É nítido e notório a sua facilidade e desenvoltura com as câmeras e público. Além da sagacidade nas estratégias para atrair e prender atenção.Atualmente, a grande celebração do momento é o seu programa: Jaqueline Canguçu na Tv, transmitido para todo Leste e Nordeste de Minas Gerais, todos os sábados, às 13h. O programa já está na sua 20• edição e tem crescido em audiência e reconhecimento. Inclusive com o quadro Realizando Sonhos.Mas, essa trajetória que hoje é sucesso, teve grandes percalços.

De família humilde, criada por sua mãe, sem grandes vantagens ou privilégios, sua história de vida se mistura com faltas e misérias.Falta de comida, falta de roupa, falta de moradia, falta de condições dignas.

Entre comida do lixão, lavagem para animais, e pães velhos da casa de outras pessoas, sua infância foi marcada pela dor e graves anemias.

Uma experiência inesquecível que ela conta e marcou sua vida; “uma vez minha mãe foi demitida por me alimentar na casa dos patrões, para que eu não passasse mal sem comida naquele dia, antes de ir para a escola. Doeu quando eles chegaram, eu estava com pão na mão, tão feliz de estar comendo. Mas senti o desprezo deles e percebi que eu tinha colocado minha mãe em problemas”, contou a jornalista.

“Daí eu e meus irmãos passamos a fazer o nosso próprio biscoito. A receita era farinha, açúcar e água misturados, e fritos no óleo. Aquilo fazia um mal pra gente, mas segurava a fome. Pra variar o sabor nós também colocávamos farinha no café”, completou.

Jaqueline perdeu o pai aos 13 anos. Teve fortes experiências morando de favor em casas de conhecidos buscando melhores condições.Já foi babá, empregada doméstica de 9 aos 12 anos de idade.

Começou a morar sozinha com 15 anos por necessidades e dificuldades familiares.Mas o tempo passa né? Os sonhos se realizam.Hoje, mora em uma cobertura, tem seu carro de luxo, moto, sua empresa de comunicação e marketing, é dona de um programa de Tv, exibido na Tv Record Leste de Minas, que realiza sonhos de pessoas que escrevem e pedem para participar, ela também acabou de comprar um apartamento novinho para sua mãe.

Segundo Jaqueline, a certeza de que valeu a pena, é essa última aquisição.”Dar uma casa própria pra minha mãe é minha maior realização. Eu passaria tudo de novo”, destacou.

Mas a jornalista ressalta que, diante de todas essas dificuldades básicas, a mais dolorosa foi, e é, o preconceito e a discriminação vivida diariamente por ser mulher.Independente, forte, feminista e assertiva nos seus posicionamentos, não é fácil lidar com ela. Sua frase principal; “Eu nunca deixo de ser líder para se gostável. Minha meta é resultado”, finalizou.Já quem conhece a essência e o carisma dessa jovem jornalista e tem a chance de conviver, admira e elogia a força e o foco com que luta pelos seus objetivos e ideiais.

Parabéns pelos 20 programas realizando sonhos de tantas pessoas Jaqueline.

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