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Lifting facial retorna ainda mais profundo para dar fim aos resultados artificiais do excesso de injetáveis

Publicado em 24 de maio de 2022

 

O que antes era um procedimento secreto, agora é quase um motivo de orgulho. Cada vez mais – e sem se esconder – as pessoas falam abertamente sobre o lifting facial que fizeram
Lifting facial

 Parece que foi ontem que Marc Jacobs passou por um lifting facial – na verdade foi no ano passado – e postou uma selfie no dia seguinte no Instagram com a legenda “#f*ckgravity”. Precursor ou não, a verdade é que a atitude de honestidade em assumir uma cirurgia plástica teve uma repercussão imensa – mas já há algum tempo é possível perceber que as pessoas simplesmente perderam a vergonha em assumir que fizeram liftings faciais. “Ao contrário do Botox ou preenchimentos, os liftings faciais não receberam a mesma aceitação generalizada nos últimos anos, e é por isso que a percepção de muitas pessoas sobre o procedimento está congelada no tempo. Mas, até mesmo por conta das inúmeras celebridades, que passaram a falar abertamente sobre os resultados de seus liftings faciais, muitas pessoas entenderam finalmente que é possível fazer uma cirurgia plástica com resultados naturais “, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. A evolução de técnicas é o que mais tem relevância nessa tese.

Embora o crescimento desse tipo de revelação seja notório, ainda não é raro alguma atriz atribuir a mudança da sua beleza após os 50 aos benefícios do azeite, beber muita água, ou um sérum de sua própria linha. “A maior ansiedade de alguns pacientes é que eles acreditam que podem ter resultados ‘muito esticados e não naturais’. Mas buscamos cada vez mais resultados naturais e que valorizem as próprias características do paciente”, diz o médico.

O tipo mais popular de lifting facial é o que trata o SMAS, que significa sistema de aponeurose muscular superficial. Este é o tecido do rosto que fica abaixo da pele e é um dos principais responsáveis pela “queda” da face com os anos. ” A cirurgia reposiciona o SMAS para sua posição original, além de tratar o excesso de pele. A quantidade de flacidez de pele que o paciente tem é o que determina quanta pele o cirurgião remove”, explica o médico. Na áreas região da testa, ou terço superior da face, o procedimento pode ser feito com cicatrizes escondidas pelo cabelo ou apostar na toxina botulínica.

Existe também o lifting facial de plano profundo estendido. “Ao contrário do SMAS, os face-lifts de plano profundo estendidos não envolvem grandes trações. O médico faz uma pequena incisão para minimizar o trauma no rosto, depois levanta o tecido facial profundo e os músculos do pescoço simultaneamente e reposiciona os tecidos gordurosos e musculares verticalmente, para onde costumavam estar. É como uma escultura”, diz o médico. “Esta técnica permite recriar uma bochecha definida sem injeções”, diz.

No entanto, os liftings faciais estendidos de plano profundo são potencialmente mais perigosos, segundo o médico, já que a técnica é mais difícil e complexa e requer mais experiência do cirurgião. “Ainda assim, no final das contas, qualquer técnica é muito dependente da escolha do cirurgião”, destaca o Dr. Paolo.

Vale a pena mesmo adiar o lifting com procedimentos não invasivos?

Houve tanto progresso na Dermatologia que é fácil entender por que muitos não se apressariam em entrar na faca. Ainda assim, há limites. “A indicação do médico é fundamental. Radiofrequência, microagulhamento, ultrassom microfocado são tecnologias que funcionam para casos leves, mas não podem ser comparados a um lifting facial”, diz o médico. E no caso dos injetáveis, é melhor ter mais cuidado ainda: “Há um ponto em que será necessária a cirurgia, porque o excesso de preenchimentos resultará em um rosto artificial”, explica o médico. “E perceba que um lifting facial pode não ser a palavra final em sua jornada estética. Muitas pessoas ainda optam por usar injetáveis depois e não há problema nisso. O médico deve sempre ser consultado para a indicação correta do procedimento”, finaliza.

FONTE: *DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 7 Observerships com o Dr. Bahman Guyuron em Cirurgias Plásticas Faciais, em Cleveland – EUA.. Instagram: @drpaolorubez

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