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Motivos para o IMPEACHMENT não faltam…

Publicado em 9 de maio de 2016

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Num momento em que milhões de brasileiros se encontram às voltas com uma crise moral, ética e financeira, sem precedentes, que coloca o país num vácuo onde não se pode prever o que acontecerá, o que resta é a esperança. Esperança de que o país tão amado e tão desacreditado se reerga e seja digno do povo, que apesar de todas as frustrações não desiste de correr atrás de uma vida minimamente digna.

Os debates com relação à legalidade do processo de impeachment estão em todos os locais por onde se vai. Legal ou não, é uma questão de ponto de vista jurídico de alguns e muito mais de conveniências de outros que, apesar das inúmeras comprovações de ilegalidade com relação aos que estão à frente desse país hoje, insistem em fechar os olhos.

No entanto, uma coisa é certa, como está não pode ficar e, argumentos contra o governo não faltam: pedaladas fiscais, corrupção na Petrobras que levou ao desmonte da Estatal, uma dívida pública inimaginável (3 trilhões), descontroles nos gastos governamentais,milhões de desempregados e por aí vai, o que indubitavelmente nos leva a acreditar que, num primeiro momento o melhor é que a ‘Presidenta’ seja retirada às pressas da posição que ocupa, o que, de cara, já melhoraria pelo menos a credibilidade do país.

Sempre com seu ‘anjo da guarda’ ou ‘encosto´ por perto, nossa ‘Presidenta’ não tem se mostrado mais do que um fantoche (barato para o manipulador mas caro para o povo), que sequer consegue disfarçar a sua ineficiência e incompetência frente às mazelas que se apresentam no cenário político atual, onde um ex-presidente, que muitos ainda insistem em denominá-lo como presidente, continua seus desmandos e tenta inutilmente manter a sua pecha de ‘Salvador da Pátria’.

Quem já leu o livro ‘As 48 Leis do Poder’, de Robert Greene, entenderá bem quais foram os caminhos percorridos por um partido que se disse defensor dos oprimidos mas que nunca passou de um enganador e ladrão de sonhos. Para quem tem um mínimo de senso moral, o livro parecerá assustador, mas extremamente realista ao mostrar quais foram os caminhos trilhados por aqueles que desejaram o poder à qualquer custo, e conseguirá ver através dos
inúmeros personagens da história mencionados, o retrato de uma boa parte das pessoas que compõe o nosso cenário político atual.

Entre as 48 Leis que o autor menciona, podemos citar por exemplo: Oculte suas intenções, Aprenda a manter as pessoas dependentes de voc; Jogue com a necessidade que as pessoas tem de acreditar em alguma coisa para criar um séquito de devotos; Aja como um rei para ser tratado como ta; Desarme e enfureça com o efeito espelho e Evite uma forma definida. Se algo lhe pareceu familiar, acredite, não é mera coincidência.

Também poderíamos mencionar aqui como referência o diabólico personagem ‘Vautrin’ da obra “A Comédia Humana” de Honoré de Balzac, um dos personagens mais manipuladores da história da literatura, um ser amoral que espalhou corrupção em tudo e em todos que tocou. Entre os seus diálogos, podemos citar colocações como ‘Não veja nos homens, e sobretudo nas mulheres, mais que instrumentos, mas não os deixe perceber isso” e “Quem quer tudo deve ousar tudo”.

Dia 11 está aí. Esperamos que diferentemente do famoso personagem Vautrin, de Balzac, que teve um final feliz apesar de tudo, que os nossos Congressistas dêem desta vez um final feliz ao povo e mantenham a chama da esperança e da justiça no coração de todos os brasileiros que aguardam ansiosos por um futuro que nunca chega, ainda que o povo seja merecedor dessa dádiva.

Ah, e para aqueles que se sentem contrariados com o impeachment, o chamam de ‘golpe’ e dizem que o que está por vir é pior ou igual ao que está, vale lembrar que mudanças só ocorrem mudando, nunca ficando parados e que provavelmente este não é o fim, mas sim um recomeço e uma nova chance de tornar o Brasil o país do presente.

Henrique Veneziani
Empresário de São José dos Campos

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