Home » O QUE PODEMOS ESPERAR DO EMPREENDEDORISMO FEMININO NESTA DÉCADA?

O QUE PODEMOS ESPERAR DO EMPREENDEDORISMO FEMININO NESTA DÉCADA?

Publicado em 28 de junho de 2022

 

 

 

De alguns anos para cá o tema empreendedorismo invadiu as pautas dos veículos de comunicação online e offline. Rotularam o empreendedorismo como a única forma de se trazer satisfação pessoal, profissional e financeira para todas as pessoas.

No empreendedorismo feminino não foi diferente, mulheres autônomas ou donas dos seus próprios negócios foram alçadas a um nível de comprometimento e entrega para com a sociedade que muitas nunca imaginaram quando começaram seus negócios, outras nem tinham este objetivo. De qualquer maneira esses incentivos não foram totalmente ruins, visto que em 2021 o número de mulheres donas do seu próprio negócio subiu 40%, sendo que 45% delas são chefes de família e 85% são as decisoras dos itens de consumo no lar.
A melhor forma de se agregar conhecimento ao leitor sobre este tema é trazendo conceitos de econômicos e sociais para este tema. Desta forma, precisamos entender que no Brasil temos os empreendedores de ocasião e os de necessidade e as mulheres empreendedoras seguem este mesmo perfil.

Quando falamos das empreendedoras de ocasião, são mulheres que geralmente já estão no mercado de trabalho e encontram nele a oportunidade de criar algo novo devido sua experiência no setor. Apesar de apenas 25% das startups brasileiras serem geridas por uma CEO do sexo feminino, tal forma de empreendedorismo vêm crescendo muito nos últimos anos, impulsionado pelo acesso das mulheres aos cargos de liderança e gestão. A experiência somada com a sensibilidade e atenção aos pequenos detalhes, características mais aguçadas no sexo feminino permitem que empreendedoras criem produtos e serviços com maior aderência as necessidades de mercado.

Na outra ponta, temos as empreendedoras por necessidade, que são aquelas mulheres que buscando uma alternativa ou opção de melhor renda abrem seu próprio pequeno negócio ou potencializam suas atividades autônomas a fim de prover melhor qualidade de vida para sua família ou si mesmas. Hoje, cerca de 75% dos negócios que são abertos no Brasil possuem esta característica e as mulheres vêm sendo protagonistas em setores como o têxtil, venda de alimentos e bebida, beleza e estética, artesanatos, entre outros. É interessante observar que muitas qualidades e características observadas nas mulheres nas últimas décadas mas que não eram essencialmente valorizadas começam a servir como fonte de receita, inovação e empreendedorismo para o mercado.

Por fim, me atendo à questão de ambiente de negócios e gestão de empresas vejo no empreendedorismo feminino uma forma mais rápida para um mercado plural e criativo, colaborando para um Brasil mais competitivo inclusive internacionalmente. As mulheres, por precisarem muitas vezes romper preconceitos e desafios adicionais em sua rotina estão se preparando mais cedo e melhor e este resultado já começa a ser sentido nas empresas e modelagem de equipes de liderança. É uma questão de tempo para que também comecem a mexer nos indicadores de empreendedorismo e influenciem no ambiente de startups em geral.

Danilo Magri
Gestor de Negócios

Nenhum comentário ainda