Que vença a Corrida de Rua!

A partir do segundo semestre de 2016 começamos a ouvir uns murmurinhos em relação aos famosos corredores “Pipocas” (corredores sem chip e sem numeração), na verdade sempre ouvimos falar mas ano passado a discussão sobre esse assunto ficou mais forte tomando uma proporção mais ampla e gerando um discussão onde, de um lado estão os organizadores dizendo que os pipocas usufruem do evento principalmente da água e do outro lado os atletas reclamam dos valores altos das inscrições e também apontam que as vias são públicas, “enfim é muito pano pra manga.”

Lendo um pouco sobre o assunto, uma matéria me chamou a atenção (matéria do colega Chico Fellit para o site da Uol), onde ele cita que as empresas estão adotando meios para barrar os pipocas como: não deixando esses atletas ter mais acesso ao pelotão de largada e nem ao pórtico de chegada.

Na última São Silvestre uma galera bem significativa correu como pipoca e ainda alguns somente para brincar (fantasiados). As ruas estavão completamente lotadas nesta edição, a organização sabendo que haveria a possibilidade de um grande número de corredores sem ship, uma prática até então comum em todas as corridas, deveriam ter se preparado melhor, onde o maior problema desta prova foi o limite de pessoas não inscritas que chegou a 15 mil, é muita PIPOCA!

Durante o percurso os participantes, pipocas ou não, buscam por água ou qualquer outro tipo de isotônico entregue nos postos de hidratação que são abertos a todos, fato é que na São Silvestre infelizmente a grande quantidade de atletas ocasionou na falta de água e consequentemente o risco de desidratação foi muito iminente, pois uma prova de 15 km com sol forte e ainda com elevação faz com que o atleta se desidrate rapidamente.

As corridas de ruas, na maioria das vezes tem um preço acima de R$ 85,00 e hoje em dia não dá para ficar esbajando mesmo quando envolve uma paixão como a corrida, é um valor considerável para um atleta que almeja participar de um circuito com 5 provas por exemplo, ele deve levar em consideração o valor da inscrição, combustível, hospedagem e alimentação, na São Silvestre 2016 o valor da inscrição ficou nos R$ 160,00, a falta de água (o que foi um vexame total) e o kit pós-prova deixaram muito a desejar, abrindo 2017 com essa discussão de como inibir os pipocas apontando que o problema ocasionado com a falta de água foi culpa dos pipocas. Mas não é só um privilégio da São Silvestre esse tipo vexame, ainda em 2016 participei da prova em comemoração a cidade de São Paulo no Parque Ibirapuera, minha expectativa foi a melhor possível. Um dia antes peguei o kit, dormi em São Paulo e no dia seguinte lá estava eu para a prova. Tudo estava bem até o momento de receber o kit pós-prova (embora não faltou água) foi desanimador, muito fraco, isso porque a prova tinha como um de seus principais patrocinadores uma grande rede de Hipermercados, instalada aqui Brasil. Achei melhor não participar esse ano.

Outras provas com menos visibilidade foram mais satisfatórias em 2016, como por exemplo a Corrida de São José em Salesópolis, sua estrutura é bem pequena mas o pós-prova muito bom e estava perfeito. Circuitos aqui no Vale do Paraíba oferecem depois da prova: massagens, água, sucos, sorvetes, baldes de gelo para recuperação muscular entre outros mimos aos atletas participantes. Esse tipo de atitude dos organizadores valorizando sem dúvida o atleta, que investiu seu tempo, dinheiro, amor pela corrida e o prestígio ao evento é que faz esse mesmo atleta retornar no próximo ano e, continuar a investir na prova.

Quando se recebe uma camisa de boa qualidade, um kit pós-prova também de boa qualidade, e todo clima favorável que o evento proporciona ao atleta antes, durante e depois da prova finalizada faz valer a pena o valor da inscrição, que acaba ficando em segundo plano. Essas ações mais direcionadas ajudam na busca e na consiência dos pipocas que podem passar a enxergar de forma diferente o evento se tornando um atleta oficial da prova.

A Confederação Brasileira de Atletismo – CBAt, homologou a regulamentação das Corridas de Rua, ótimo, mas precisamos colocar em prática esse projeto para que todos os atletas tenham suporte nas corridas de ruas, inclusive os pipocas que devem ser incentivados a se inscrever nas corridas. A galera que organiza as provas e eventos, demonstram que estão dispostos a pegar pesado em algumas provas a partir de agora. Em São Paulo já aparecem faixas espalhadas próximo ao pórtico de largada, de algumas corridas, tentando coibir de alguma forma o corredor pipoca a não participar da prova.

Acho que correr como pipoca não é legal, não estou dizendo que é totalmente errado, só não concordo com esta prática e que é necessário buscar meios para que os atletas não sejam prejudicados, afinal são eles que fazem a alegria da corrida e aquele momento de superação quando se passa pelo pórtico e recebe a medalha é único.

Vamos aguardar para ver os próximos capítulos dessa que será com certeza uma batalha muito dura, mas esperamos que no final a “Corrida de Rua” essa sim, saia como VENCEDORA!

Dicas :Hoje em dia uma alimentação mais equilibrada é sem dúvida a melhor opção para quem busca qualidade de vida. Evitar comer alimentos gordurosos, comer a noite e o amor pela geladeira nas madrugadas já é um grande passo para uma vida saudável.

Veja as dicas no site:
http://alimentacao-saudavel.info/

Marcos Sousa
corridapelasaude.com.br/

Fontes:
http://www.cbat.org.br/corridas/normas.aspx

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